Reforma Tributária: o que muda na prática para quem importa, produz e distribui no Brasil
- Flavio Toi

- há 7 dias
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A Reforma Tributária, aprovada em 2023 e em fase de regulamentação, marca uma das maiores mudanças no sistema fiscal brasileiro em décadas.O objetivo principal é simplificar a cobrança de impostos sobre o consumo e tornar o ambiente de negócios mais transparente, competitivo e previsível, um passo essencial para a modernização da economia e das cadeias logísticas.
O que sai e o que entra
O modelo atual, conhecido por sua complexidade, reúne uma série de tributos sobre bens e serviços, com diferentes legislações em cada estado e município.
A Reforma substitui cinco tributos por dois:
Tributos atuais (que saem): PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS.
Novos tributos (que entram): CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – Federal e IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – Estadual/Municipal.
Esses dois novos tributos terão base ampla, incidindo sobre praticamente todos os bens e serviços, o que reduz sobreposição e cumulatividade.
Split payment: transparência e controle
Uma das novidades mais relevantes é o split payment, mecanismo que separa automaticamente o valor do imposto no momento do pagamento.
Na prática, quando uma empresa paga uma nota fiscal, o sistema divide o valor:
parte vai direto para o fornecedor;
parte é destinada automaticamente ao fisco.
Esse modelo reduz fraudes, evita a inadimplência tributária e melhora o fluxo de arrecadação — mas também exige ajustes nos sistemas de faturamento, conciliação e gestão financeira das empresas.
Impacto para importadores e operadores logísticos
Para empresas que atuam com importação e logística, as mudanças trazem tanto desafios quanto oportunidades:
🔹 Mais clareza na tributação de bens importados: a CBS e o IBS devem reduzir disputas sobre crédito tributário e origem;
🔹 Simplificação nas operações interestaduais, especialmente na distribuição de mercadorias;
🔹 Possibilidade de automação tributária com sistemas integrados de split payment e emissão de notas;
🔹 Necessidade de atualização tecnológica e compliance fiscal.
A transição será gradual, com implementação prevista entre 2026 e 2033, mas a preparação deve começar agora, tanto no campo jurídico quanto operacional.
A importância da assessoria jurídica e logística integrada
A adaptação à Reforma Tributária vai além do cálculo de impostos: envolve revisão de contratos, reestruturação societária, análise de crédito tributário e logística de custos.
Por isso, a atuação conjunta entre Cotrin Loro Advocacia e Grupo Mercocamp é estratégica:
Cotrin Loro orienta empresas sobre planejamento tributário, enquadramento e adequação fiscal;
Mercocamp garante eficiência logística e gestão aduaneira, ajustando as operações ao novo cenário tributário.
Essa integração jurídica e operacional permite que empresas mantenham competitividade e segurança jurídica em um ambiente de transição.
Conclusão
A Reforma Tributária representa um passo importante rumo à modernização do sistema fiscal brasileiro.Com menos tributos, mais transparência e maior integração tecnológica, o país se aproxima de um modelo mais eficiente e alinhado às práticas internacionais.
Mas o sucesso dependerá da preparação das empresas e contar com parceiros especializados faz toda a diferença nesse processo.




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